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terça-feira, 24 de agosto de 2010

Quadro de Patchwork

Trabalho plástico realizado na disciplina de Desenho e Expressão Plástica 3, ministrado pela professora Maria Carolina de Melo Rodrigues, em 2006.



Para a criação deste trabalho eu pensei em trabalhar com a ideia das sensações, onde através da memória capturei cenas que podem acontecer na vida de qualquer um. A partir desse fato que começo a pensar como uma colcha de retalhos como memórias costuradas.

O próximo passo foi de recolher retalhos de tecido pela minha família para o trabalho ter um caráter direto comigo. Cada retalho trás consigo uma história e junto deles criei 3 cenas feitas de silkscreen.



A colocação dos retalhos dependeu de cada sensação exposta na cena, pois estes serão como uma moldura de sentidos.


Pinturas - Parte 2





A pintura intitulada Reflexos do Passado, foi realizado no ano de 2008 na faculdade de Artes Plástica da UFU, possuí dimensão de 4mx2m, e o material utilizado foi o Pigmento Natural sobre tecido e a inserção de duas janelas. Por essa inclusão do objeto o trabalho entra em acordo com o conceito contemporâneo de Pintura e Objeto.


A pintura representa um ambiente próximo ao real, com objetivo de passar impressão de um ambiente doméstico, que hoje não encontramos com freqüência. Essa representação surge do interesse de denunciar o estado precário de uma casa do período áureo de Ribeirão Preto, por volta de 1890 à 94. Para essa pintura foi escolhido um cômodo da casa que mais chamou atenção, pelo fato do luxo e da riqueza de detalhes da pintura na parede. Em grande parte da casa pode-se ver o quanto a pintura foi trabalhada, com ostentação de deixar qualquer um admirado. Essas pinturas são consideradas do estilo da Belle Époque, caracterizado pelo luxo e riqueza de detalhes, como inserção de paisagens européias pela casa. A casa pertenceu a André Maria Ferreira Villa-Lobos, e não se sabe exato quem seria o autor das pinturas, existe um suposto nome, Rosaltino Santoro, já que o artista encontrava na região no período da pintura.



Apesar de ser uma pintura representativa de um ambiente real, o interesse na pintura foi de passar a impressão desse lugar, mostrando o seu estado precário, destruído, abandonado e esquecido através do tratamento pictórico com pinceladas aparentes, enfatizando a sujeira e degradação do local. Então, diferente dos Impressionistas que observam e pintam a partir da intensidade da luz e da sombra, tento passar a impressão do lugar através das pinceladas sujas. Considero essa pintura suja em seu tratamento pictórico, pois como o significado diz representa o imundo, o manchado –exatamente como o estado da casa. 















Pinturas - Parte 1

Estas pinturas que mostrarei a seguir fazem parte do momento em que cursei 1 ano e meio de pintura na graduação. Elas foram realizadas entre 2006 e 2007.














Escultura em Gesso –a partir do molde


Parte escultura - Parte instalação. 





Após muito esforço em tentar reproduzir um molde da minha mão com os dedos abertos eu cheguei a este resultado: uma composição de cópias de mãos que condizem ao processo reorganizadas no espaço.

Detalhe da Pintura Instalação.


O processo composto por várias mãos de diversos formatos e posições são dispostas numa mesma mesa, e em cima de livros essenciais para os alunos do curso de Artes Visuais.

O livro é uma ferramenta de informações que depende do conhecimento da leitura para explorá-lo. Seria necessário relacioná-lo aos olhos, mas tive a intenção de mostrar a mão como um meio sensitivo de informações.

Detalhe da Pintura Instalação.


A intenção foi relacionar o homem e o desconhecido mundo das idéias. Idéias estas que estão sendo exploradas pelas diversas mãos. 


Detalhe da Pintura Instalação.

Escultura em Gesso



Criei esta escultura em gesso para a disciplina de Fundamentos Tridimensional 2, ministada pelo professor Régis Winckler Perdomo, no ano de 2008.



Peça criada a partir da imagem da escultura de Alejadinho, no qual escolhi simplificar apenas aos traços de um braço.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Cerâmicas

Estas peças foram desenvolvidas na disciplina de Cerâmica na minha graduação de Artes Plástica na UFU, no ano de 2008. Tive como professora a Zezé (Maria José Carvalho).


Técnica de rolinhos:













Técnica do bloco.









Técnica da placa.



Bonecas Karajá ou Litxokó



As Bonecas Karajá ou Litxokó foram meu objeto de estudo na monografia de final de curso de graduação em Artes Plásticas.

A possibilidade desse estudo monográfico aconteceu por varias experiências vivenciadas e contatos de pessoas exemplares, realizado durante a faculdade. Tive a felicidade de encontrar excelentes profissionais que me orientaram e influenciaram, como Raquel Salimeno, Lídia Meirelles (aqui já citada) e Valéria Silva de Lima.

A partir do contato direto com o acervo do Museu Índio, ajudando na mudança de residência, criei um vinculo com a coleção de Bonecas Karajá, no qual me despertou a curiosidade de conhecer mais.

Em resumo, pode-se dizer que são os índios Karajá responsáveis por um tipo de atividade artística peculiar, a confecção da representação plástica de figurinhas humanas e zoomórficas, que os ocidentais chamam de Bonecas Karajá.

Os índios Karajá habitam as margens do curso médio do Rio Araguaia, na região centro-oeste do Brasil. A língua Karajá, do tronco lingüístico Macro-Jê, apresenta três distinções: Karajá, Javaé e Xambioá.

Os índios que habitam as margens do rio Araguaia possuem distinções funcionais na aldeia entre homem e mulher. As mulheres Karajá têm a obrigação de educar seus filhos, meninos até a idade do ritual de iniciação e as meninas por mais tempo. Ela lhes ensina o preparo dos alimentos e a confecção de artefatos.

As bonecas mais antigas encontradas são datadas por volta de 1870, estão situadas na coleção do Museu Nacional. Desse período para os mais “recentes” (meados do século XX) estudos apontam uma distinção entre coleções consideradas da fase antiga (ver figura 1) e as coleções da fase moderna (ver figuras 2 e 3) analisadas por Darcy Ribeiro nos anos de 1950. Elas registraram uma alteração dos padrões tradicionais. (FARIA, 1959)


FIGURA 1– Cerâmica Karajá antiga - Foto: Maikon Rangel –Acervo Museu do Índio Uberlândia


No primeiro momento da figuração Karajá, na cerâmica antiga, os índios não colocavam para o cozimento essas estatuetas de barro, e por este motivo que as figuras encontram-se sempre em pé, sem variações cênicas e composições de posturas. O fato de não haver o cozimento todas as estemidades como braços e pernas poderiam quebrar com facilidade. Neste sentido que as índias resolveram simplificar a forma do corpo, apresentando pernas roliças e braços com esquema de continuação dos cabelos. (FARIA, 1959)


FIGURA 2– Cerâmica Karajá moderna - Foto: Maikon Rangel –Acervo Museu do Índio Uberlândia.


O momento conhecido como da cerâmica moderna (ver figuras 2 e 3) refere-se à concretização de experimentos revolucionários. É por volta de 1950 que a arte Karajá se transfigura. O dinamismo criador e a procura incessante de novas formas de expressão plástica a identificam como moderna. O domínio da composição é conquistado, dando-lhes a oportunidade de realizar diversos e extravagantes ensaios escultóricos. A arte Karajá adquire um caráter cenográfico com grande expressividade e de forte poder de sugestão. Representa figuras agrupadas ou cenas da vida cotidiana. (FARIA, 1959)


FIGURA 3- Cena do Parto, posição em cócoras.  Foto: Alice Registro- Acervo Museu do Índio Uberlândia.


Referência:
FARIA, L. de Castro. A Figura Humana na Arte dos Índios Karajá, Rio de Janeiro: Universidade do Brasil – Museu Nacional, 1959.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Grafia indígena

Norma imposta em 1955, no qual sistematizou que entre as palavras indígenas as sílabas CH, C, I seriam substituídas por X, K , Y.

CH – X
   C – K
   I  -  Y

Observa-se que algumas cidades utilizam palavras indígenas como nome de rua de forma que não expresse da melhor maneira. Como por exemplo a Rua Carajá, no qual deveria ser  Rua Karajá.

Também ficou definido que não existe plural nessas palavras. Como exemplo o correto é falar e escrever Bonecas Karajá e não Bonecas Karajás.

Há uma linguagem utilizada entre os antropólogos, no qual prevalece a ideia da diversidade, visualizando a não utilização de uma conotação única de índio. Observando que em cada língua indígena a palavra casa, povo, corpo e outras sejam ditas em diferentes formas.
É sugerido utilizar ao invés de oca e tribo dizer habitação indígena e grupo ou etinia.
oca – habitação indígena;
tribo –grupo ou etnia

Esses detalhes são um pouco do que aprendi com a antropóloga Lídia Meirelles quando estagiei no Museu do Índio de Uberlândia nos anos de 2008 e 2009.

Museu do Índio de Uberlândia, 2009. Visita da Escola Municipal Amanda Carneiro na Mostra 21 anos do Museu realizada em 2009:


Momento de conversa com os alunos no espaço expositivo.




Atividade plástica desenvolvida após a observação da exposição. Desenhos em giz de cera no papel Kraft tamanho A3.

Cultura Indígena –Diversidade através da língua

As formas de manipular os materiais naturais, como pigmentos, plumas, fibras vegetais, argila, madeira, pedra e outros materiais é que conferem a singularidade da produção ameríndia. Isto é o que a diferencia da arte ocidental, como também da produção africana ou asiática. Através de uma visão geral, as artes indígenas têm características comuns, mas quando analisadas separadas por povos e línguas, verificam-se diferenças e semelhanças, pois cada povo possui particularidades na sua maneira de se expressar e de conferir sentido às suas produções. As distinções entre povos são identificadas pelos antropólogos e etnólogos através do dialeto linguístico.
Hoje, estima-se existir no Brasil cerca de 180 línguas indígenas, das quais umas são mais semelhantes entre si do que outras, revelando origens comuns e processos de diversificação ocorridos ao longo do tempo. Os especialistas expressam essas comparações através da ideia de troncos e famílias lingüísticas. A sentido de tronco está relacionado a uma língua que tem origem em tempos passados. As línguas de uma mesma família mostram o resultado das separações linguísticas de um mesmo tronco. Dentro de uma mesma família é onde se encontram as maiores semelhanças.  No Brasil, existem dois grandes troncos, Tupi e Macro-Jê; e outros dois troncos, o Karib e o Aruak, que estruturam as línguas indígenas.
Ver o quadro explicativo do tronco linguístico Macro-Jê que deu origem à língua falada pelos índios Karajá.


Referência:
http://pib.socioambiental.org/pt/c/no-brasil-atual/linguas/introducao

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pintura Colagem: tema Alice no País das Maravilhas


Desta vez eu colei os recortes do papel camurça em cima da cartolina marrom, e acrescentei a moldura com vidro para maior durabilidade e acabamento do trabalho.

ACEITO ENCOMENDAS.
alicinharegistro@gmail.com

Pintura Colagem: influência Beatriz Milhazes


Criei padrões florais na folha de papel camurça para a composição na tela de pintura.

Um presente ideal para amigos. Com cores alegres enriquecendo o ambiente com harmonia.



Um pouco mais sobre a artista brasileira Beatriz Milhazes, que encanta os olhos daqueles que observam sua produção:

Caixa de Bijuterias estilo retro




Nesta caixa eu trabalhei com a decoupagem de recortes de propaganda antigas e tecido em algodão.





É feminina com ares antigos das propagandas e roupagem moderna com o uso das cores Rosa e preto.




Dicas: 

-  Fazer cópias da propaganda original para futuramente poder utilizá-las. Se possível montar uma pasta com os recortes. Além de preservar a história, você poderá também sempre reaproveitar.
- Sempre tomar cuidado na hora da pintura da parte interna dessas caixas com ninhos. Pintar as divisões montadas, pois assim não correra o risco das partes não encaixarem mais.


Postarei alguns recortes de propagandas e noticias antigas da Revista Seleções do Reader´s Digest. Mas poderá encontrar também no blog:
http://www.propagandasantigas.blogger.com.br/


ACEITO ENCOMENDAS.
alicinharegistro@gmail.com

Picasso e a cerâmica



Picasso trabalhando com cerâmica em seu belo ateliê. No qual pode-se ver no filme “Os Amores de Picasso”.

Picasso: pintor, artista gráfico, escultor e ceramista.

Com 60 anos, Picasso conhece a fábrica Madoura, na cidade de Vallauris (Sul da França), no qual esta mantém tradições artísticas da argila. Desde então Picasso nunca mais se separa da criação em cerâmica, considerando-a como ampliação dos limites da pintura e escultura.

Trabalhou com formas convencionais, como pratos, jarros, azulejos e caçarolas, e com formas criadas especialmente, através de metamorfoses moldadas durante a queima, com a argila ainda maleável. Transformou utensílios em cabeças, pássaros, touros.
Fez sulcos nas superfícies, acrescentou relevos, pintou cenas mitológicas. Compôs o que ele dizia ser um verdadeiro trabalho de ficção, enredos vivos.

O Blog




Comecei este blog primeiramente para expor meus trabalhos plásticos, mas percebi que poderia ir além. Resolvi acrescentar aqui um pouco das minhas influências artísticas e teóricas da Cultura e da Arte-Educação.

Tentarei mostrar imagens e escrever aos poucos do que já pesquisei na minha graduação
e os novos cursos e eventos que continuo a participar á favor de uma democratização da cultura.

Já de inicio segue uma foto do meu gatinho de porta, no qual presenteio os amigos amantes de gatos fazendo a imagem de cada pet.




Minha gatinha Neguinha. 


É simples de fazer basta comprar a peça em MDF e pintar conforme o gosto. Para finalizar basta acrescentar uma fita ou retalho de tecido.




ACEITO ENCOMENDAS.